Welcome to my realm / We are both condemned to live / It's a dark fate ...
Estou viva. Ainda. Wat can I do?!
Bom, vou falar do show, do findi e afins: O show foi ótimo, ainda mais pra quem gosta de Kid como eu. Cheguei lá tinha muita, mas muita gente mesmo. De acordo com a minha amiga, foi gente de tudo que é cidade ali perto. Encontramos as amigas da minha prima lá no meio da bangunça, literalmente no meio. na terceira música do show, eu emputeci por ter gente de todos os lados e eu não estava vendo muita coisa, larguei tudo e todos e fui lá pra frente. Na boa, foi beeem mais fácil que fazer isso no show do Nightwish... Assisti praticamente o show inteiro na primeira fila, contei todas as música, suei que nem um porquinho, cantei "Lágrimas e Chuva" e "Meu Vício" mais alto que todo mundo e quase chorei quando ela cantou "Grand Hotel" e "Os Outros". Eu realmente queria ir de novo vê-los, pq vai ter dia 12 agora, aqui no Credicard Hall, mas não sei se vou, mais por motivos familiares, mas tb ninguém que eu conheço acho que vai. A maioria do pessoal vai pra Thorns. E eu, pra variar, não.
Voltando ao sábado, depois do show (e depois das duas horas pra conseguir sair de carro do local), fomos procurar um lugar aberto pra comer. Isso eram quase três horas e, como uma das meninas disse, lá naquela cidade não tem nada. Fomos ao Extra 24h que tinha lá do outro lado da cidade e compramos refris pq estávamos com a garganta seca. Eu acabei comprando tb uma daquelas carninhas secas de pacotinhos. Depois, fomos a uma padaria tb 24hs e elas comeram salgados, enquanto a fresca aqui foi comprar lombinhos fatiados. Depois de ficar dando voltas e voltas na cidade, fomos pra casa de uma das meninas, pq a gente ia dormir lá. Bom, depois q eu eu deitei na cama, bateu uma depressão... Comecei a ler o meu livro pra ver se distraía. É cruel ver que todos estão bem, se divertindo enquanto vc quer chorar, aparentemente sem motivo. Afundei a cabeça no travesseiro, respirei fundo e voltei ao livro. Me senti sozinha. Acabei dormindo.
No dia seguinte, a droga do meu relógio ("Abibas", como meu irmão diria, se referindo as falsificações de camelô.) resolveu tocar as oito e pouco da manhã. Detalhe: fomos dormir as cinco e meia, daí pra mais. Outro detalhes: todas acordam, menos eu. Aí acabaram me acordando de raiva da droga do barulho... Com todas devidamente acordadas, fizemos o café, montamos o karaokê e ficamos cantando até a hora de fazer o churrasco. A história do churrasco foi a seguinte: minha prima disse iam vir várias pessoas da sala dela lá pra hora do almoço, pq elas marcaram um churrasco lá na casa da garota. Bom, as 5 arrumando coisas, eu e minha prima ralando na cozinha e no fim das contas, perguntem se alguém veio?? Neeeeeem... Aliás, nem pra ligar dizendo que não viriam. E depois a parte chata da coisa: arrumar tudo antes de ir. Eu, que pretendia voltar pra sampa cedo (ou ao menos não tão tarde) pra poder sair aqui, já era. Chegando na casa do meu tio, descobri que meu irmão tinha ficado lá pra dormir. Era só juntar as coisas, ir pra rodoviária e pegar o bus de volta, apesar de ter passado das 6. Simples, se o meu irmão não divesse derrubado aquela faca butterfly no pé do meu primo. Aí vão os dois mais a namorada do meu primo pro pronto-socorro. Fiquei preocupada até a hora que meu primo volto e disse: "Droga! O cara não quis dar ponto nem atestado de dispensa. Vou ter que trabalhar amanhã...". Aí eu realmente vi a "gravidade" da coisa. Nisso, meu tio saiu pra buscar um rolamento e meu primo, cinco minutos depois, saiu pra buscar pão. Aí nesse enrola de lá e de cá, e assiste o seu Sílvio e o Ivo Holanda, saímos de lá umas nove e pouco. Pegamos o ônibus das 10 e até chegar no terminal, foi cerca de uma hora e vinte. Até meu pai chegar, levar o amigo do serviço dele pra casa e voltar pra nossa casa, foi tempo... Cheguei, cansadíssima, caí na cama e dormi, sem tentar pensar que eu tinha que ter feito um monte de coisa da facul no findi e que eu deveria ter saído no domingo.
Os outros dias da semana fora aquela coisa chata de sempre. Hoje piorou: meu irmão me tirou do sério, estou hiperangustiada nem sei o pq, acho que dei mancada com uma amiga e estou me sentindo uma droga e ao chegar em casa, minha mãe ainda vem falar coisas pra lá de agradáveis pq eu cheguei 15 minutos mais cedo que o horário normal. Depois não sabe pq eu não aguento ficar mais nessa casa. Paz e minha casa são antônimos. E, para ajudar todo esse meu estado de tristeza que parece ser eterna, eu, mesmo fazendo academia há praticamente 3 semanas, não emagreci um grama. Ou se emagreci, engordei de volta do findi. Digam adeus a minha auto-estima.
Estava assitindo aquela série "Alias" e a Sydney (a protagonista) ligou pra um cara da agência que ela confiava e começou a "reclamar da vida" quando encontrou com ele. Eu me senti igual a ela quando ela começou a falar. Parecia que tudo o que ela falava era eu que estava falando. A falta de tempo, se sentir sozinha e principalmente não ter um colo pra deitar no sofá e assistir um filme. *Ok, devo chorar agora ou daqui cinco segundos?* É a infeliz realidade. Minha pelo menos. Eu sou um ser chato e beirando ao anti-social; eu sou super reservada, as vezes até fechada demais e estou bem acostumada a ficar sozinha. Pq eu estou tendo essas malditas crises agora??? Desculpem pelo egoísmo, mas queria que o mundo acabasse amanhã. Nem eu tenho noção da desgraça que está meu emocional aqui por dentro. Por onde eu passo vejo coisas que eu não deveria ver, ouço o que não deveria ouvir, leio o que não deveria ler. O sono nunca é continuo: minhas noites se dividem em vários atos, como numa peça de teatro. E no fim de tudo isso, resta a minha pessoinha em frangalhos enquanto passam na minha mente todas as besteiras que eu cometi. Mas como diria a Paula Toller: De agora em diante, ficarei assim, desedificante.

[The Beatles] Yesterday